I
– ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
OBJETIVO:
Proporcionar
o
entendimento
dos
princípios
que
norteiam
os
atos
e
ações
da
Administração
Pública,
conceituar
os
principais
modelos
administrativos
empregados
na
Gestão
Pública
brasileira,
além
de
demonstrar
o
funcionamento
e
a
estrutura
organizacional
do
Estado.
1.
ORIGEM
DO
ESTADO
Numerosas
e
variadas
teorias
tentam
explicar
a
origem
do
Estado,
e
todas
elas
contradizem
nas
suas
premissas
e
nas
suas
conclusões.
O
problema
é
dos
mais
difíceis,
porquanto
a
ciência
não
dispõe
de
elementos
seguros
para
reconstituir
a
história
e
os
meios
de
vida
das
primeiras
associações
humanas.
Basta
ter
em
vista
que
o
homem
apareceu
na
face
da
terra
há
cem
mil
anos,
pelo
menos,
enquanto
os
mais
antigos
elementos
históricos
de
que
dispomos
remontam
apenas
há
seis
mil
anos.
Com
esta
nota
preliminar
fica
a
advertência
de
que
as
teorias
sobre
a
origem
do
Estado
que
resumimos
– teoria
da
origem
familiar,
teoria
da
origem
patrimonial
e
teoria
da
força
– são
resultantes
de
raciocínios
hipotéticos.
1.1.
TEORIA
DA
ORIGEM
FAMILIAR
Essa
teoria,
a
mais
antiga
de
todas,
apoia-se
na
derivação
da
humanidade
de
um
casal
originário.
Portanto,
é
de
fundo
religioso.
Compreende
duas
correntes
principais:
Teoria
Patriarcal
e
Teoria
Matriarcal.
a)
TEORIA
PATRIARCAL
-
Sustenta
a
ideia
de
que
o
Estado
deriva
de
um
núcleo
familiar,
cuja
autoridade
suprema
pertenceria
ao
ascendente
varão
mais
velho
(patriarca).
O
Estado
seria,
assim,
uma
ampliação
da
família
patriarcal.
Grécia
e
Roma
tiveram
essa
origem,
segundo
a
tradição.
O
Estado
de
Israel
(exemplo
típico)
originou-se
da
família
de
Jacob,
conforme
relato
bíblico.
b)
TEORIA
MATRIARCAL
-
Dentre
as
diversas
correntes
teóricas
da
origem
familiar
do
Estado
e
em
oposição
formal
ao
patriarcalismo,
destaca-se
a
teoria
matriarcal
ou
matriarcalística.
A
primeira
organização
familiar
teria
sido
baseada
na
autoridade
da
mãe.
De
uma
primitiva
convivência
em
estado
de
completa
promiscuidade,
teria
surgida
a
família
matrilínea,
naturalmente,
por
razões
de
natureza
filosófica
– mater
semper
certa.
Assim,
como
era
geralmente
incerta
a
paternidade,
teria
sido
a
mãe
a
dirigente
e
autoridade
suprema
das
primitivas
famílias,
de
maneira
que
o
clan
matronímico,
a
mais
antiga
forma
de
organização
familiar,
seria
o
“fundamento”
da
sociedade
civil.
1.2.
TEORIA
DA
ORIGEM
PATRIMONIAL
Essa
teoria
tem
suas
raízes,
segundo
alguns
autores,
na
filosofia
de
Platão,
que
admitiu,
no
Livro
II
de
sua
República,
originar-se
o
Estado
da
união
das
profissões
econômicas.
Também
Cícero
explica
o
Estado
como
uma
organização
destinada
a
proteger
a
propriedade
e
regulamentar
as
relações
de
ordem
patrimonial.
Decorre
dessa
teoria,
de
certo
modo,
a
afirmação
de
que
o
direito
de
propriedade
é
um
direito
natural,
anterior
ao
Estado.
O
Estado
feudal,
da
Idade
Média,
ajustava-se
perfeitamente
a
essa
concepção:
era
uma
organização
essencialmente
de
ordem
patrimonial.
Entretanto,
como
instituição
anômala,
não
pode
fornecer
elementos
seguros
à
determinação
das
leis
sociológicas.
1.3.
TEORIA
DA
FORÇA
Também
chamada
de
“teoria
da
origem
violenta
do
Estado”,
afirma
que
a
organização
política
resultou
do
poder
de
dominação
dos
mais
fortes
sobre
os
mais
fracos.
Alguns estudiosos relatam
que a origem
do
Estado
deriva da violência
dos
mais
fortes.
Essa
teoria
da
força
apoia-se,
aparentemente,
nos
fatos
históricos
do processo
de
formação
originária
dos
Estados,
em
que
quase
sempre
houve
luta;
a
guerra
foi,
em
geral,
o
princípio
criador
dos
povos.
Ademais,
essa
doutrina
parece
encontrar
confirmação
no
fato
incontestável
de
que
todo
Estado
representa,
por
sua
natureza,
uma
organização
de
dominação.
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